Paróquia Nossa Senhora Aparecida
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04.Dez - Dom Emanuel Messias fala sobre sua saúde.
Dom Emanuel  Messias fala sobre sua saúde.

       Pascom- Neste tempo em que o Senhor ficou hospitalizado bem como no período em que antecedeu a cirurgia, podemos refletir que o senhor pôde experimentar de maneira particular a misericórdia divina. O que o Senhor tem a dizer sobre o seu estado de saúde para os seus paroquianos que se colocaram em oração durante todo este processo?


    Dom Emanuel: Esta pergunta é interessante, porque o que aconteceu comigo, primeiro poderia dizer um milagre, mas para não exagerar, foi providência divina. Em segundo, eu não tive câncer, vamos dizer assim, eu fiz uma cirurgia, vou explicar a diferença.


    Primeiramente, em Corpus Christi, no mês de junho eu peguei uma gripe, porque eu deixei a minha a blusa na Catedral e fui à procissão para o Santuário, quando terminou a missa, eu estava todo suado e estava frio, peguei uma gripe, e falei: Esta gripe é de Corpus Christi, a culpa é de Corpus Christi, da festa de Corpus Christi (rsrrsrs).


   Depois entendi que foi um caminho que Deus escolheu para me mostrar que estava com nódulo no pulmão. Sabe?  Eu analisei. Gente eu nunca esqueço minha blusa, estou sempre atento com ela. Agora mesmo eu disse, gente estou esquecendo de levar a  blusa para Carangola, aí dei uma olhadinha  tinha  uma blusinha  azul, tá bom, deixa de reserva, ( rsrsrs) e cheguei aqui estava aquele calor.


    Mas o ocorrido, foi que peguei uma gripe, depois a gripe sarou, e  veio  a tosse e a tosse não passava, fui ao médico e ele me passou um xarope, tomei quatro vidros  e não melhorava. Minha glicose estava aumentada com esta história. Aí eu disse, vou ao médico de novo. Vou ver se arranja um jeito de curar esta tosse.


    Entra a providência Divina. Eu tinha que ir aonde? Em um pneumologista ou em um otorrino? O padre José Antônio falou comigo assim: Dom Emanuel o senhor já conhece a doutora Valéria? Eu respondi: não. O senhor precisa conhecê-la, é muito atenciosa, ela é ótima, é uma das melhores cardiologistas que nós temos. Eu poderia dizer que meu problema, não tem nada a ver com cardiologista, mas eu disse. Então vamos lá conhecê-la.


    Ela olhou, escutou o meu pulmão, escutou o meu coração. Disse: quero que o Senhor faça um raio-x do tórax, eu fiz e mostrei para ela. Ela disse: Tem uma manchinha aqui no seu pulmão. Primeiro ela viu, muitos médicos olharam e não viram, segundo ela. O senhor vai fazer uma tomografia, para confirmar. Eu fiz a tomografia, quando eu procurei a doutora Valéria, ela tinha mudado para Viçosa, porque o filho tinha passado no vestibular e ela mudou.


   Então atrasou uma semana para me dizer. Você tá com um nódulo canceroso, é por isso que eu vejo a Providência, se eu tivesse procurado pneumologista poderia ter pedido tomografia, um raio-x,  e não ter percebido, um otorrino poderia dizer. Você está com problema na laringe e na faringe, me dava um remedinho e o nódulo iria crescendo.


    Então veja aí a Providência Divina. Primeiro eu comecei, sem falar nada para ninguém, comuniquei com o vigário geral e para o padre da catedral. Estou fazendo alguns exames, estou com um nódulo no pulmão. Não contei para os padres, eu pensei: se eu falo, Dom Emanuel, está com câncer. Do câncer a morte o espaço é muito curto, principalmente na boca do povo. Não vou falar para ninguém, vou tranquilo não tenho receio da morte. Tenho casos em nossa família, de morte por causa do câncer. Eu não sou exceção, também posso ter. Esse nódulo pode ser benigno ou maligno, se for benigno melhor para mim, se não for de qualquer maneira está no início, eu trato. Fui com a cara e coragem, fiz todos os exames.


    Seria operado em Ipatinga, mas para o meu caso, teria que procurar o melhor médico, foi no Hospital Madre Tereza em Belo Horizonte que encontrei.   Fui para BH, dispensaram alguns exames que eles não gostaram e mandaram fazer outros. Fiz outros exames especiais. Fui operado dia 29 de setembro, o laudo da biópsia não dava um resultado positivo em afirmar, que era benigno, ou mesmo maligno. O médico fez a cirurgia com essa dúvida, ele fez um corte, fez outro buraquinho para aspirar o pulmão, retirou o nódulo e mandou fazer a biópsia, dentro do hospital. Ainda continuaram na dúvida, demorou dois dias, para saber se era maligno ou benigno. Então resolveram retirar metade do meu pulmão, ele falou, olha seus pulmões são tão bons que eu posso retirar todo ele, não tem problema, mas vou retirar apenas a metade. Era um nódulo canceroso, o médico me falou mais de um centímetro e pouco.


     Fiz uma cirurgia no pulmão, o pós-operatório foi muito bom, fui para a UTI, o que é normal, fiquei somente, dois dias no quarto, depois o médico me deu alta, e disse: daqui seis dias, você volta para retirar o dreno e os pontos. Foi totalmente diferente do que o povo possa pensar.  Eu estava cuidando de uma cirurgia do pulmão,  não estava cuidando de um câncer, não teve radioterapia, ou quimioterapia,  o nódulo era canceroso, mas não tinha ramificações, só por garantia, foi retirado a metade, foi muito tranquilo,  na sexta-feira seis dias depois, fui retirar a mangueira do dreno, tirar os pontos, os médicos me liberaram para retornar. Eu mesmo vim dirigindo, foi muito diferente do que as pessoas estavam pensando. Quando tenho oportunidade, gosto de explicar, para as pessoas ficarem tranquilas.


     As dificuldades iniciais foram normais para inspirar, soluçar, bocejar, mexer com pulmão. Tossir nem pensar né doutor? Ele disse: O senhor tem que tossir. Mas dói demais doutor, (rsrsrsrs). O médico disse: é para doer mesmo, para o pulmão reagir, doía mesmo, a dificuldade maior é espirrar, mas já dei uma espirrada na missa de ontem (18/11) (rsrsrsrs), não doeu nada, somente um leve incômodo, agora está tudo tranquilo.


(O vídeo com a entrevista está na galeria de vídeos)


Fotógrafo: Foto da internet

Fonte: Pascom

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